sexta-feira, 31 de maio de 2013

Phrasal Verbs - Exercícios

Boa tarde!

Algumas semanas atrás, fizemos uma postagem sobre os Phrasal Verbs. Hoje vamos realizar alguns exercícios.



Complete the sentences.


passed away, do without, look forward to, called off,  made up, carried away, break out, run out, put up with, keep up.
  1. Don't smoke in the forest. Fires break out _______________ easily at this time of the year.
  2. I _______________ seeing my friends again.
  3. I'm afraid; we have _______________ of apple juice. Will an orange juice do?
  4. Your website has helped me a lot to _______________ the good work.
  5. A friend of mine has _______________ her wedding.
  6. His mother can't _______________ his terrible behavior anymore.
  7. As an excuse for being late, she _______________ a whole story.
  8. I got _______________ by his enthusiasm.
  9. I just cannot _______________ my mobile. I always keep it with me.
  10. she was very sad because her father _______________ last week.


Complete the phrasal verbs with the correct particles.

  1. I don't know where my book is. I must look _____ it.
  2. Fill _____ the form, please.
  3. The music is too loud. Could you turn _____ the volume, please?
  4. Quick, get _____ the bus or you'll have to walk home.
  5. Turn _____ the lights when you go to bed.
  6. Do you mind if I switch _____ the TV? I'd like to watch the news.
  7. The dinner was ruined. I had to throw it _____.
  8. When you enter the house, take _____ your shoes and put _____ your slippers.
  9. If you don't know this word, you can look it _____ in a dictionary.


Complete the phrasal verbs according to their meanings in brackets.

  1. _____________ your shoes. (Remove)
  2. Somebody has to _____________ the baby. (Take care of)
  3. She wants to _____________ the truth? (Discover)
  4. Where can I _____________!". the sweater? (See if it fits)
  5. _____________. (Be quick)
  6. Why don't you _____________ ? (Take a seat)
  7. I will _____________ the train now. (Enter)
  8. _____________ the word in a dictionary. (Consult a dictionary)
  9. I want to _____________ the form. (Complete)
  10. The firemen _____________ the fire. (Extinguish)


As respostas dos exercícios estão no primeiro comentário dessa postagem. 


quinta-feira, 30 de maio de 2013

Uso do "Can" e "Could"

No livro Gramática de Uso da Língua Inglesa (Denilso de Lima, 2010), você encontra inúmeras dicas, exemplos e atividades de como a gramática é usada no dia a dia dos falantes nativos da língua inglesa. Ou seja, nele não há explicações gramaticais complicadas, longas, cansativas e chatas. Suas dúvidas são resolvidas de modo direto, claro e sem enrolações. Uma destas dicas é sobre o uso das palavras “can” e “could” ao fazer um pedido para alguém.
Vira e mexe, alguém me pergunta qual a diferença entre dizer “can you help me?” ou “could you help me?”. Muitos aprendem que ambas sentenças significam a mesma coisa; mas então, por que usar “can” em uma e “could” na outra? Será que isso realmente muda o jeito como pedimos ajuda de alguém?
De maneira bem simples, a resposta é sim! Quando pedimos algo a um amigo, familiar, alguém com o qual temos mais intimidade (ou afinidades), etc., podemos usar a palavra “can”. Isto é, em situações informais a expressão “can you…?” pode ser usada sem problemas. Veja alguns exemplos:
  • Can you open the door? (Dá pra você abrir a porta?)
  • Can you do me a little favor? (Dá pra você me fazer um favorzinho?)
  • Can you turn down the TV? (Dá pra você baixar a TV?)
    Note as equivalências que dei para “can you…?” nos exemplos acima. Ao invés de traduzir ao pé da letra por “você pode…?”, usei o modo informal de pedirmos algo para alguém em português, que é “dá pra você…?”. Agora você já sabe que para pedir algo a alguém dizendo “dá pra você…?” em inglês será “can you…?”. Isso é uma gramática de uso da língua inglesa: você aprende a usar e não a fazer análise sintática da sentença. O que dizer agora do “could” nesse caso?
    Quando desejamos mostrar um pouco mais de educação (formalidade) é comum fazermos o pedido usando a expressão “could you…?”. Geralmente isso será usado em situações nas quais você não conhece muito bem as pessoas ou está em uma situação formal no ambiente de trabalho, por exemplo. O interessante é que ao observarmos a língua em uso, nota-se que é comum os falantes nativos acrescentarem as expressões “excuse me” (com licença) e “please” (por favor, por gentileza) a esse pedido mais formal. Isso mostra que a situação realmente pede mais delicadeza (por assim dizer).
    • Excuse me, could you give some information, please? (Com licença, você poderia me dar uma informação, por favor?)
    • Excuse me, could you do me a little favor, please? (Com licença, você poderia me fazer um favorzinho, por gentileza?)
    • Excuse me, could you help me, please? (Com licença, você poderia me ajudar, por favor?)
    Claro que nem sempre toda essa formalidade estará presente. Afinal, cada situação é uma situação diferente. No entanto, não custa aprender isso e ovservar a língua na prática, que é a melhor maneira de aprender inglês, com certeza. Pois bem! Nessa dica o que quero é mostrar a você é o uso de “can you…?” e “could you…?” para pedir algo a alguém. A ideia é não entrar em detalhes gramaticais (regras) do uso de cada palavra.
    Aprender inglês observando sua gramática de uso é muito mais simples, pertido, prático e interessante.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Uso do Hífen


Uso do Hífen com a Nova Ortografia
O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências linguísticas, tais como:
- ligar palavras compostas;

- fazer a junção entre pronomes oblíquos e algumas formas verbais, representadas pela mesóclise e ênclise;

- separar as sílabas de um dado vocábulo;

- ligar algumas palavras precedidas de prefixos.
Com o advento da Nova Reforma Ortográfica, houve algumas mudanças em relação à sua aplicabilidade. Sendo assim, dada à complexidade que se atribui ao sinal em questão, o presente artigo tem por finalidade evidenciá-las, procurando enfatizar, em alguns casos, o que antes prevalecia e o que atualmente vigora. Mediante tais pressupostos, constatemos, pois:
Circunstâncias linguísticas a que se deve o emprego do hífen:
# O hífen passa a ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal.

Nota importante:
- Essa regra padroniza algumas exceções já vigentes antes do Acordo.

auto-observação – auto-ônibus – contra-atacar
- Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra comece com a mesma vogal que termina o prefixo.
coobrigar – coadquirido - coordenar – reeditar – proótico - proinsulina...
# Com prefixos, emprega-se o hífen diante de palavras iniciadas com “h”.

anti-higiênico – anti-histórico – co-herdeiro - extra-humano – pró-hidrotópico - super-homem...
# Emprega-se o hífen quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante.
inter-regional – sub-bibliotecário – super-resistente...
# Com o prefixo “-sub”, diante de palavras iniciadas por “r”, usa-se o hífen.
sub-regional – sub-raça – sub-reino...
# Diante dos prefixos “-além, -aquém, -bem, -ex, -pós, -recém, -sem, - vice, usa-se o hífen.
além-mar – aquém-mar – recém-nascido – sem-terra – vice-diretor...
# Diante do advérbio “mal” , quando a segunda palavra começar por vogal ou “h”, o hífen está presente.
mal-humorado – mal-intencionado – mal-educado...
# Com os prefixos “-circum” e “-pan”, diante de palavras iniciadas por “vogal, m, n ou h”, emprega-se o hífen.
circum-navegador - pan-americano – circum-hospitalar – pan-helenismo...
# Usa-se o hífen em casos relacionados à ênclise e à mesóclise.

entregá-lo – amar-te-ei – considerando-o...
# Com sufixos de origem tupi-guarani, representados por “-açu”, “-guaçu”, “-mirim”, usa-se o hífen.
jacaré-açu – cajá-mirim – amoré-guaçu...
Casos em que não se emprega o hífen:
# Não se usa mais o hífen quando o prefixo terminar em vogal e a segunda palavra começar por uma vogal diferente. 
Nota Importante:
- Essa nova regra padroniza algumas exceções existentes antes do Acordo. 

aeroespacial – antiamericano – socioeconômico...
# Não se usa mais o hífen em determinadas palavras que perderam a noção de composição.

Observação:
 - O hífen ainda permanece em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas.
azul-escuro – bem-te-vi – couve-flor – guarda-chuva – erva-doce – pimenta-de-cheiro...
# Não se emprega mais o hífen em locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas.
fim de semana – café com leite...

Exceções:
O hífen ainda permanece em alguns casos, expressos por: 

água-de- colônia – água-de-coco – cor-de-rosa...
# Quando a segunda palavra começar com “r” ou “s”, depois de prefixo terminado em vogal, retira-se o hífen e essas consoantes são duplicadas.



Observações importantes:
- O hífen será mantido quando os prefixos terminarem com “r” e o segundo elemento começar pela mesma letra.
hiper-requintado – inter-regional – super-romântico – super-racista...

- A nova regra padroniza algumas exceções já existentes antes do acordo, como é o caso de:
minissaia – minissubmarino - minissérie...
# Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de “r” ou “s”.
anteprojeto – autopeça – contracheque – extraforte – ultramoderno...
# O hífen não deve ser usado quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente.
hipermercado – hiperacidez - intermunicipal – subemprego – superinteressante – superpopulação...
# Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por consoante, não se emprega o hífen.
malfalado – malgovernado – malpassado – maltratado – malvestido...

Por Vânia Duarte

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Próclise, ênclise e mesóclise.


Boa noite, 
Hoje vamos estudar um pouco a respeito de próclise, ênclise e mesóclise em um texto retirado do Wikipédia sobre Colocação pronominal.

Todas as conjugações verbais permitem próclise e, com exceção do particípio e dos tempos futuro [fará, dirá, verá] e futuro do pretérito [faria, diria, veria], permitem também ênclise. Somente os tempos futuro e futuro do pretérito permitem mesóclise.

                       Formas Verbais e Posições Clíticas Permitidas
Particípio
Futuro
Fut. do Pretérito
Demais Formas
Próclise
permite
permite
permite
permite
Ênclise
não permite
não permite
não permite
permite
Mesóclise
não permite
permite
permite
não permite


O português falado no Brasil e em Portugal é diferente quanto às preferências por posições clíticas quando se trata de ocasiões informais pois, na linguagem coloquial opta-se mais frequentemente por próclise independente da posição do grupo/sintagma/locução verbal (pronome e verbo) na oração. Em ocasiões formais, como na redação de documentos oficiais, o uso da próclise observa as mesmas regras gramaticais do português de Portugal. Em Portugal, dependendo da posição do grupo verbal na oração, opta-se ou não pela próclise.
Português falado no Brasil - Ocasiões informais
Me diz quem tem razão.
Te vi na rua.
Português falado em Portugal - E português do Brasil para ocasiões formais
Diz-me quem tem razão.
Vi-te na rua.
As gramáticas normativas condenam o uso brasileiro de próclise e esse uso é ensinado no colégio como sendo proibido na escrita. Portanto, exceto quando a escrita simula a fala (mensagens instantâneas e de celular, por exemplo), as posições clíticas da escrita no Brasil são as mesmas do português falado em Portugal.
Português Falado no Brasil
  1. sempre se usa próclise
Português Falado em Portugal e Português Escrito
  1. nunca se usa próclise no início do período
  2. nunca se usa próclise após pausa/vírgula
  3. usa-se sempre próclise após atratores
Lista de Atratores
  1. Advérbio
  2. Conjunção
  3. Palavra negativa
  4. Pronome indefinido
  5. Pronome interrogativo
  6. Pronome relativo

Próclise

Em gramática, denomina-se próclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo.

Proibição

  • Não deve ser usada no início de oração ou período. Apesar disso, o uso da próclise é generalizado no Brasil, de modo que na fala popular e, com menos frequência, na fala culta são comuns o uso inclusive no início de oração.
Ex.: *Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar.
Correção: Fá-se justiça com as próprias mãos naquele lugar.
  • Note que uma oração pode iniciar-se a meio de uma frase, por exemplo, depois de uma vírgula.
Ex.: *Naquele lugar, se faz justiça com as próprias mãos.
Correção: Naquele lugar, fá-se justiça com as próprias mãos.
  • Nos infinitivos há uma tendência à ênclise, mas também é possível a próclise. A ênclise só é mesmo rigor quando o pronome tem a forma o (principalmente no feminino a) e o infinitivo vem regido da preposição a.
Ex.: Se soubesse, não continuaria a lê-lo.
Existem determinadas palavras da língua que são consideradas "atratores" dos pronomes pessoais oblíquos átonos pois, nos enunciados em que elas ocorrem, esses pronomes devem ficar em posição proclítica com relação ao verbo que complementam.

Uso

A próclise é obrigatória quando há antes do verbo:
  • palavra negativa
Ex.: Não se deve jogar lixo no rio.
  • pronome relativo
Ex.: Quanto se pode pegar?
  • pronome indefinido
Ex.: Alguém me perguntou as horas.
  • pronome interrogativo ou advérbio interrogativo
Ex.: Quem me busca a esta hora tardia?
Por que te assustas cada vez?
Como a julgariam os pais se conhecessem sua vida?
  • conjunção subordinativa, mesmo que oculta na oração subordinada
Ex.: Quero que te cuides.
Que desejas te mande do Rio? (conjunção oculta)
  • advérbio
Ex.: Ela descuidadamente se machucou.
  • orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como nas orações que exprimem desejo (optativas)
Ex.: Que o vento te leve meus recados de saudade.
Que Deus o abençoe!
Bons olhos o vejam!
Se o verbo estiver no infinitivo impessoal e ocorrer uma dessas palavras antes do verbo, o uso da próclise ou da ênclise será facultativo.

Caso facultativo

Após pronomes pessoais do caso reto não é obrigatória a próclise ou até mesmo depois de sujeito explícito.

Ênclise

Em gramática, denomina-se ênclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo.
É usada principalmente nos casos:
  1. Quando o verbo inicia a oração (a não ser sob licença poética, não se devem iniciar orações com pronomes oblíquos);
  2. Quando o verbo está no imperativo afirmativo;
  3. Quando o verbo está no infinitivo impessoal;
  4. Quando o verbo está no gerúndio (sem a preposição em)
Não deve ser usada quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Neste caso utiliza‐se a mesóclise.
Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las quando estão ligados a verbos terminados em r, s ou z. Nesse caso, o verbo perde sua última letra e a nova forma deverá ser re-acentuada de acordo com as regras de acentuação da língua. Por exemplo:
  • "tirar-a" torna-se "tirá-la";
  • "faz-os" torna-se "fá-los";
  • "comes-o" torna-se "come-lo" (não há mudança de acentuação);
  • "Vou comer-o" torna-se "vou comê-lo".
No caso de verbos terminados em m, õe ou ão, ou seja, sons nasais, os pronomes o, a, os, as assumem as formas no, na, nos, nas, e o verbo é mantido inalterado. Por exemplo:
  • "peguem-os" torna-se "peguem-nos";
  • "põe-as" torna-se "põe-nas".
Em linguagem coloquial, no Brasil, é comum utilizar o pronome reto em substituição ao pronome oblíquo — por exemplo: "peguem eles!". Este tipo de construção não é adequada em linguagem formal.

Mesóclise

Denomina-se mesóclise ou tmese a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo.
Utiliza-se quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo e não há, antes do verbo, palavra que justifique o uso da próclise.
Ex.: Tê-lo-ia perguntado, se o tivesse visto na ocasião.
A construção da mesóclise é possível graças à origem do futuro sintético (formado por apenas uma palavra): o futuro analítico, que no latim era formado pelo verbo principal no infinitivo e pelo verbo habere (haver) no presente. Sendo o futuro analítico uma forma composta, era possível colocar o pronome entre os dois verbos. Com a evolução da língua, o verbo auxiliar foi assimilado como desinência do verbo principal, mas manteve-se a possibilidade de deixar o pronome em posição mesoclítica. Ou seja:
  • Ter hei ⇒ terei
  • Ter hás ⇒ terás
  • Ter há ⇒ terá
  • Ter hemos ⇒ teremos
  • Ter heis ⇒ tereis
  • Ter hão ⇒ terão
Referência

domingo, 26 de maio de 2013

Crase

A palavra crase é de origem grega e significa fusão, mistura. Em gramática, basicamente a crase se refere à fusão da preposição a com o artigo feminino a: Vou à escola. O verbo ir rege a preposição a, que se funde com o artigo exigido pelo substantivo feminino escola: Vou à (a+a) escola.
A ocorrência de crase é marcada com o acento grave (`). A troca de escola por um substantivo masculino equivalente comprova a existência de preposição e artigo: Vou ao (a+o) colégio.
No caso de ir a algum lugar e voltar de algum lugar, usa-se crase quando: "Vou à Bolívia. Volto da Bolívia". Não se usa crase quando: "Vou a São Paulo. Volto de São Paulo". Ou seja, se você vai a e volta da crase há. Se você vai a e volta de crase para quê?
É erro colocar acento grave antes de palavras que não admitam o artigo feminino a, como verbos, a maior parte dos pronomes e as palavras masculinas.
A tabela resume os principais casos em que a crase deve (ou não) ser utilizada:
Caso
Uso obrigatório
Uso proibitivo
Uso facultativo
Antes de palavras masculinas
Quando estiver implícito “à moda de”: móveis à Luís 15;
Quando subentendido termo feminino: vou à [praça]João Mendes
Viajar a convite, traje a rigor, passeio a pé, sal a gosto, TV a cabo, barco a remo, carro a álcool etc.

Antes de verbos

Disposto a colaborar.

Antes de pronomes

Antes da maior parte deles: Disse a ela que não virá; nunca se refere a você.
Pronomes possessivos: Enviou a carta à sua família. Enviou a carta a sua família.
Quando "a" vem antes de plural

A pesquisa não se refere a mulheres casadas.

Expressões formadas por palavras repetidas

Cara a cara; ponta a ponta frente a frente; gota a gota.

Depois de "para", "até", "perante", "com", "contra" outras preposições

O jogo está marcado para as 16h; foi até a esquina; lutou contra as americanas.

Antes de cidades, Estados, países
Foi à Itália (voltou da Itália).
Chegou à Paris dos poetas (voltou da Paris dos poetas).
Foi a Roma (voltou de Roma).
Foi a Paris (voltou de Paris).

Locuções adverbiais, conjuntivas ou prepositivas de base feminina
Às vezes, às pressas, à primeira vista, à medida que, à noite, à custa de, à procura de, à beira de, à tarde, à vontade, às cegas, às escuras, às claras, etc.

Locuções femininas de meio ou instrumento: À vela/a vela; à bala/a bala; à vista/a vista; à mão/a mão. (Prefira crase quando for preciso evitar ambiguidade: Receber à bala).
Aquele, aqueles, aquilo, aquela, aquelas
Referiu-se àquilo;
Foi àquele restaurante;
Dedicou-se àquela tarefa.


Com demonstrativo “a”
A capitania de Minas Gerais estava ligada à de São Paulo;
Falarei às que quiserem me ouvir.



Bibliografia
Manual da Redação do jornal Folha de S.Paulo.

Uma estreita relação tende a se estabelecer entre o uso da crase e a regência verbal


O conhecimento que se adquire mediante o estudo dos fatos gramaticais por vezes nos conduz à seguinte constatação: mais do que apreendê-los, torna-se necessário compreendermos acerca das razões que os concebem como tais. Assim, com base nessa premissa, cabe ressaltar que se trata de uma diversidade deles e que citá-los em sua totalidade seria por demais inviável, em se tratando desse nosso encontro. Dessa forma, elegemos como prioridade para nossa discussão a estreita relação que se estabelece entre o uso da crase e a regência verbal.
Dessa forma, a compreensão que se estabelece acerca dos aspectos conceituais, sobretudo os que se atém à junção do artigo “a” + a preposição “a” tornam-se insuficientes, concisos e um tanto quanto superficiais. Nesse sentido, emerge daí (ou ao menos precisa emergir) o seguinte questionamento: a presença da preposição se deve exatamente a quê? Ora, é simples, basta nos atermos aos exemplos seguintes:
Iremos À praia, caso não chova.
Entregamos as encomendas ÀQUELES clientes.
Analisando ambos os verbos, segundo a ótica da regência, constata-se que, de acordo com a predicação, classificam-se como transitivos indiretos, a saber:
Quem vai, vai a algum lugar, por isso “à praia”.
Quem entrega, entrega algo a alguém, por isso “àqueles clientes”.
Como pôde perceber nada de excepcional norteia os preceitos atribuídos a essa ocorrência linguística, haja vista que apenas um pouco mais de análise acerca dos conhecimentos antes adquiridos (regência) para constatarmos  as razões desta ou daquela classificação.
Por Vânia Duarte

Exercícios


1. (IBGE) Assinale a opção incorreta com relação ao emprego do acento indicativo de crase:

a) O pesquisador deu maior atenção à cidade menos privilegiada.
b) Este resultado estatístico poderia pertencer à qualquer população carente.
c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu à entrevista.
d) A verba aprovada destina-se somente àquela cidade sertaneja.
e) Veranópolis soube unir a atividade à prosperidade.


2. (IBGE) Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas frases deve receber acento grave indicativo de crase:

a. Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta.
b. Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.
c. Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram a Bahia.
d. Bateram a porta fui atender. / O carro entrou a direita da rua.
e. Todos a aplaudiram. / Escreve a redação a tinta.

3. (UF-RS) Disse ..... ela que não insistisse em amar ..... quem não ..... queria.

a) a - a - a d) à - à- à
b) a - a - à e) a - à - à
c) à - a - a

4. (UF-RS) Quanto ..... suas exigências, recuso-me ..... levá-las ..... sério.

a) às - à - a d) à - a - à
b) a - a - a e) as - a - a
c) as - à - à

5. (UC-BA) Já estavam ..... poucos metros da clareira, ..... qual foram ter por um atalho aberto ..... foice.

a) à - à - a d) à - a - à
b) a - à - a e) à - à - à
c) a - a - à

6. (UC-BA) Afeito ..... solidão, esquivava-se ..... comparecer ..... comemorações sociais.

a) à - a - a d) a - à - a
b) à - à - a e) a - a - à
c) à - a - à

7. (TTN) Preencha as lacunas da frase abaixo e assinale a alternativa correta:

"Comunicamos ..... Vossa Senhoria que encaminhamos ..... petição anexa ..... Divisão de Fiscalização que está apta ..... prestar ..... informações solicitadas."

a) a, a, à, a, as d) à, à, a, à, às
b) à, a, à, a, às e) à, a, à, à, as
c) a, à, a, à, as

8. (UF-RS) Somente ..... longo prazo será possível ajustar-se esse mecanismo ..... finalidade ..... que se destina.

a) a - à - a d) à - a - a
b) à - a - à e) à - à - a
c) à - à - à

9. (UF-RS) Entregue a carta ..... homem ..... que você se referiu ..... tempos.

a) aquele - à - á d) àquele - à - à
b) àquele - à - há e) àquele - a - há
c) aquele - a - a

10. (BB) Há crase:

a) Responda a todas as perguntas.
b) Avise a moça que chegou a encomenda.
c) Volte sempre a esta casa.
d) Dirija-se a qualquer caixa.
e) Entregue o pedido a alguém na portaria

GABARITO:
1. B 2.D 3.A 4.B 5.B 6. A 7. A 8. A 9. E 10. B


Prof. Eliane Vieira